G1 > Edição São Paulo - NOTÍCIAS - Pai e madrasta negam sangue em carro

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Pai e madrasta negam sangue em carro

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, casal falou pela primeira vez sobre morte de menina.
'Nossa vida acabou', diz Alexandre. 'Nunca encostei um dedo nela', afirma Anna Carolina.
Do G1, com informações do Fantástico entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA

Bastante abatidos e emocionados, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, falaram pela primeira vez sobre o drama que estão vivendo desde a morte da menina, em 29 de março.

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Em entrevista exclusiva para o Fantástico, neste domingo (20), eles não comentaram detalhes dos laudos - que não foram divulgados oficialmente, mas que a TV Globo teve acesso. Eles disseram que desde que passaram a ser suspeitos no caso, não têm mais vida. "A nossa vida já acabou", disse Alexandre, que acrescentou que eles não conseguem mais nem comer direito.

Veja o caso Isabella passo a passo

Na sexta-feira (18), o casal foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Após um inquérito de cerca de oito horas, no caso de Alexandre, e de cinco, no caso de Anna Carolina Jatobá, os dois retornaram para casa como suspeitos oficiais do caso Isabella. A polícia diz não haver indício de uma terceira pessoa na cena do crime.

“Nós somos uma família como qualquer uma outra. Somos muito apegados um ao outro. As nossas crianças, os nossos filhos, tanto a Isabella, como o Pietro e o Cauã são tudo na nossa vida”, contou Alexandre.

O casal confirmou novamente a versão dada incialmente à polícia, de que para eles foi uma terceira pessoa que entrou no apartamento e matou a menina. "Somos inocentes", disse Anna Carolina.

"Estão julgando a gente por uma coisa que nós não fizemos. Não tem nem como explicar isso. As pessoas que conhecem a gente sabem como nós somos. Sabem que isso não existe", rebateu Alexandre, que acrescentou: "Eu nunca levantei a mão para ela. Eu nunca falei mais alto com ela. Não tinha motivo."

Segundo Alexandre, o casal não pode nem prestar homenagens à menina. “É muito difícil porque nós não temos como ir ao cemitério. Nós gostaríamos de ir ao cemitério. Não temos como fazer isso.” Eles contam que a família dos dois tem medo de sair na rua.

Anna Carolina Jatobá também afirmou nunca ter batido em Isabella. "Eu nunca encostei um dedo nela. Eu sou mãe". Laudos do caso, a que a TV Globo teve acesso, mostram, porém, que as marcas no pescoço de Isabella são compatíveis com as das mãos da madrasta. Para Anna Carolina, ninguém conhece o casal. "Eles nos conhecem através da mídia. Ninguém conhece como nós somos mesmo", disse.

Brigas

Sobre as brigas que os vizinhos afirmaram ter ouvido no apartamento do casal, eles responderam que as pessoas exageraram. “Todo o casal tem suas brigas, mas não do jeito que as pessoas estão falando. Não há essa discussão como estão falando na mídia, que ouve gritos”, disse Alexandre. Anna Carolina afirmou ainda que no apartamento em que viviam, na Zona Norte – onde houve o crime -, eles não tinham brigado nenhuma vez.


Alexandre chegou a pedir para que alguém que tenha visto algo estranho no edifício na noite do crime ou que tenha alguma pista de algum suspeito, ligue para o Disk Denúncia e faça um registro.

Duas testemunhas ouvidas no inquérito policial do caso disseram que, na noite em que Isabella foi jogada do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, ouviram uma discussão com muitos gritos vindos do apartamento do pai da menina.

“Minha vida se acabou completamente eu vendo minha filha sendo enterrada. (...) Eu não consigo imaginar a minha vida agora como vai ser, sem a minha filha, a minha princesinha”, disse Nardoni. Segundo ele, são os outros dois filhos que estão fazendo com que suporte a dor da perda da menina.

Mãe postiça

"Ela era minha filha postiça. (...) Duas vezes nós pegamos ela me chamando de mamãe", disse Anna Carolina. “O que mais dói é as pessoas falarem que nós somos os assassinos dela (...) O duro vai ser pagar por uma coisa que a gente não fez. Ficar trinta anos em uma prisão... Somos totalmente inocentes”, reafirmou.


Segundo Anna Carolina, o irmão de 3 anos da menina chora até hoje a morte dela. “O irmão dela reza todos os dias por ela. Ele vai dormir e ele chora.”

A madrasta disse que Isabella não era desobediente. Não batia, nem brigava com ninguém. “O Pietro, às vezes, chegou a beliscar ela. Ela nunca bateu nele, nunca respondeu. Eu não tenho o que falar dela.”

Ainda de acordo com o casal, Isabella pedia para morar com eles. "De uns tempos para cá, ela virava para mim e para o Alexandre e perguntava: 'tia Carol, será que um dia vou poder morar com vocês?'", diz Anna Carolina. "Na quarta-feira mesmo que ela esteve com a gente e pediu: 'papai, eu quero tanto morar com vocês'", confirma Alexandre.

Questionados sobre como alguém poderia agir com tanta brutalidade contra uma menina de 5 anos, Anna Carolina respondeu: “é o que a gente se pergunta também. Todas as noites, todos os dias."

"Deus é nossa maior testemunha" e, segundo Alexandre, irá mostrar quem foi a pessoa que matou Isabella.

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